sábado, 15 de novembro de 2008

Quebrando a (auto)promessa

Quem nunca quebrou uma promessa atire a primeira pedra...
Tinha prometido a mim mesmo voltar a escrever aqui só em janeiro! Mas, como vocês podem ver, não cumpri.
Quem me dera fosse essa a única (auto)promessa que eu não tivesse cumprido. Talvez estaria num estado much more dinâmico.
Prometi me atinar, prometi me esforçar, prometi me comprometer... Mas falta estímulo pra isso tudo. Apesar de dormir, em média, cinco horas de sono por noite, se eu pudesse, passaria minha vida inteira dormindo. Na verdade "dormindo". Chamaria de um estado intermediário entre estar dormindo e estar desperto, não sei explicar ao certo. Mas é aquilo de olhar sem estar olhando, ter uma redução considerável dos sentidos e ficar num estado meio zumbi.
Mas é engraçada essa tal falta de estímulo. A gente luta, luta, rala, rala, se esforça, se esforça. Até aí tudo bem, tudo lindo, tudo até louvável. Mas, se você para de repente e não acha porquê pra tudo que tá fazendo, tudo fica automaticamente vago e inútil. E é isso que me falta agora. Um porquê.
Não um motivo besta do tipo "ah, to fazendo pra terminar e ter feito". Ok, terminar e ter feito, pra depois?... Pra depois o que? É esquisito. Na verdade seria desesperador caso eu tivesse o mau hábito de me desesperar. Mas enfim...
Hoje, na minha vida, tá tudo muito disforme. Acho que foi esse ano como um todo. Ele foi muito disforme! Parando pra avaliar as coisas de maneira racional, tenho até idéia do que fazer. Mas na hora de "colocar a mão na massa"... Puf... Tudo que é energia se esvai... E faço o mínimo possível pra manter as engrenagens da minha vida rodando. Só pra ela não parar e entrar em parafuso. Já anda tão bagunçada pra eu dar uma louca dessa e parar com tudo. Mas Às vezes eu tenho vontade de parar...
Mas também às vezes eu tenho vontade de fazer tudo de uma vez, exemplarmente. E ocilando nesses dois extremos eu vou levando tudo. Tudo não, quase tudo. Quando envolve diretamente outras pessoas eu tento tomar um cuidado maior. Afinal, são outras pessoas, né? Ninguém tem culpa dos meus conflitos internos esquisitos. Não é justo.
Falando em justiça, esse é um dos poucos fatores que me estimulam. E acho que o que me desestimula, no final das contas, é que os resultados de praticamente tudo que eu faço virão a longo prazo. Tudo parece estar muito distante. Mas certas necessidades surgem agora! E pro agora o que eu faço? Pensar no agora ou no futuro. Daí começo a pensar, pensar, pensar...
Aliás, começava a pensar, pensar, pensar... Agora eu "mudo de assunto". Vou pensar em qualquer coisa mais leve ou que não entre nesses méritos filosóficos de meu ser.
O mais estranho é saber o que fazer e simplesmente não fazer. Cada dia é uma luta... Confesso que a maioria das batalhas tenho perdido... Mas garanto que, essa guerra, eu ganho!
Ano que vem que me aguarde...

Listening: Faust Arp - Radiohead.

A propósito! Radiohead no Brasil ano que vem (já) é um grande estímulo pra qualquer coisa!