sábado, 4 de abril de 2009

Não gosto do que eu escrevo

De vez em quando eu dou uma lida, mesmo que por cima em tudo que já escrevi aqui... E chego a conclusão supracitada: não gosto do que eu escrevo. Cada post desse é um soco no estômago. Alguns secos e bem dados, algus mais desajeitados, mais moles... Alguns são um soco que acaba dando uma pequena cócega prazerosa. Mas todos são tão secos quanto o bendito do soco. Admiro muito que consegue escrever bonito com o mínimo de racionalidade. Me incomoda muito quem escreve qualquer porcaria com palavrinhas bonitas e românticas, tipo Nando Reis (o que o cara escreve não faz o menor sentido, parece um apanhado de palavrinhas bonitinhas pra fazer uma musiquinha legalzinha subjetivinha). Margem à interpretação é bem diferente que coisa mal estruturada, sem coesão e coerência, que tem um ou dois períodos com alguma lógica. Opinião bem pessoal.
Mas voltando ao cerne da coisa toda, eu não gosto do meu próprio estilo de escrever. É algo que soa meio dramático, meio "eu não me amo", mas não é nada disso. Escrita é algo tendencioso, você direciona pra onde quiser. É muito difícil alguém escrever como de fato é. Eu achava que chegava ao menos perto disso, mas relendo o que escrevo vejo que é totalmente carregado de alguma emoção/situação momentânea. Não é o que sou, é como encaro as coisas. É como reajo.
As pessoas são muito complexas pra serem traduzidas em palavras. Sentimentos predominantes são mais fáceis de serem transpostos num blog, por exemplo. Algo a se pensar melhor, aprofundar mesmo. Mas é isso...
Raros foram os momentos que eu usei isso aqui motivado por sentimentos agradáveis (uns três que me lembro sem fazer esforço), então a mim, esse blog se torna predominantemente (de novo) desagradável. Coisa louca.
Ando ausente daqui... Na verdade ando ausente em muitos e muitos pontos. Retorno denovamente praquela onda de "vida de adulto". Muito trabalho, algum estudo e nenhum tempo. Na verdade o pouco tempo que me sobra é dedicado a coisas que considero "emergenciais", como namoro, família. Ando em dívida com amigos. O resto eu nem cito. Na verdade mal sei o que seria esse resto.
Tenho tido algum prazer no trabalho. É bom separar o joio do trigo e descubrir que há trigo. Trabalho é algo que passamos muito tempo pra ser desprazeroso... E incrivelmente ele é pra 95% das pessoas que conheço. Paciência...
Estudos ainda está pelas metades (desvantagens de "desfrutar" do ensino federal) mas o pouco que tenho visto tem me ajudado bastante e me interessado de fato. Mas o semestre ainda nem começou direito, há muito por vir. Que venha!
Amigos eu tenho visto poucos... Na verdade quase nenhum quase nunca... Meus planos pra vê-los costumam ser mal interpretados ou dão errado. What to do? Também não tenho me esforçado... E sinceramente não ando com cabeça pra isso... É mais difícil pra mim do que parece, lidar e entender as pessoas é tarefa árdua. Não ando com cabeça ou clima pra isso.
Na verdade, falando bem suavemente, a intolerância paira sobre meu ser nos últimos dias. Provavelmente seja o estresse... Mas tenho me controlado bem (eu acho que bem).
Enfim, depois de um panorama de como estou, vou tentar retomar a idéia principal da coisa: não gosto da minha forma de escrever. Não me atrevo a chamar de estilo, isso deve ser algo bem mais concreto e definido. Mas o engraçado é que tem que goste. Tudo bem, eu costumo respeitar os gostos alheios, mas não hesito em descordar quando tenho opinião contrária e minha opinião e requisitada. Ossos do ofício.
Enfim, esse texto foi um texto bem franco e muito pouco tendencioso... espero que eu só melhore daqui em diante.

Saudações.

2 comentários:

Rôney disse...

Que "tusto"! Achei que você tinha apagado os outros posts... mas foi burrice minha, vou falar sobre o assunto:

Eu escrevi recentemente para uma pessoa: "Somos o nosso pior patrão". O tempo todo exigimos demais de nós mesmos. Eu mesmo até gosto do jeito que eu escrevo, mas sempre acho que poderia ser melhor... é a vida.

Sim, eu gosto da sua escrita, mas acho que pode melhorar sim, claro. Sempre podemos melhorar. Talvez não é do seu jeito de escrever que você não gosta, e sim dos assuntos dos quais redige textos.

Se, na maioria das vezes, o seu texto traz uma imensa carga negativa de sentimentos, é natural resgatar esses sentimentos ao lê-los. Você associa isso ao fato de que poderia escrever de uma melhor forma e as coisas só pioram.

Por isso gosto de escrever bastante quando estou sentindo todo tipo de sentimento, seja ele bom ou ruim... ou mesmo quando estou alheio ao mundo com total indiferença.

Nessa vida corrida do mundo globalizado é muito complicado manter laços físicos com quaisquer pessoas, sejam elas amigas,familiares ou namoros. Logo, a minha necessidade de desabafar e me expressar de forma sincera se dá em forma de texto. É uma espécie de terapia, que ajuda no estresse e te entorpece até que mantenha novamente contato com seres humanos queridos.

Vixe, me exaltei de novo... sou falador até em textos, que tédio...

Abração, querido amigo.
Rôney Andrade.

Rosamaria Mello. disse...

:)