sábado, 24 de maio de 2008

Tolo

Tolo

É assim que me sinto... Como um tolo.
Sinto-me (garoto tentando respeitar a norma culta) assim por um simples motivo, que no fim das contas engloba tudo: pessoas. Afinal de contas, onde não há pessoas? Claro, muitos lugares, mas me refiro aos lugares onde eu (pessoa) posso estar.
E o que elas fazem de tão errado? Muita, mas muita coisa. Umas das que mais me incomoda, que me chamou a atenção hoje foi o materialismo.
Entrando em ramos político-filosóficos: consumismo e materialismo, são coisas bem diferentes (eu acho). Para mim, ter prazer por comprar(consumir) está a quilômetros de distância do prazer em manter/ter e até encarar como divino objetos ou bens de valor.
Meu Deus, como isso me enoja. Ver uma pessoa que dá mais valor (afetivo inclusive) a um carro (por exemplo) do que a alguém que tá ali, do seu lado, sofrendo. Daí o senhor "materialista ortodoxo" diz "ah, mas o carro não me trás sofrimento, só alegrias". Aí o que me vem a cabeça? Milhões de palavras de baixo calão. Realmente muitas delas... As mais aterrorizantes que eu conheço e me lembro.
As pessoas não se importam mais com as pessoas... Materialismo na verdade é só um reflexo direto disso. Porque, afinal de contas, deve-se importar-se com algo! É assim que as coisas seguem.
Mas daí você vê gente matando por dinheiro, brigas entre pessoas que deveriam se amar (ou mesmo se amam) por um objeto qualquer e tudo fica confuso. Qual o valor concreto disso? O que isso pode te trazer? Talvez estatus, talvez conforto, talvez segurança financeira. No facilidades adicionado às três últimas coisas citadas. E o que mais? Bem, pra muita gente não se precisa mais de nada. Afinal de contas, "dinheiro compra tudo". Compra?
As coisas mais importantes e interessantes que apareceram na minha vida foram pessoas. E digam o que disserem, dinheiro não compra pessoas... Nem as piores. Compra uma posição em relação a determinado assunto, compra uma postura qualquer, uma ação. Mas uma pessoa não. Essa é a magia do livre harbítrio. E pessoas têm tanto a ensinar... Tanto a aprender... TANTO!
Cada pessoa é um complexo, e um complexo gigantesco. Com um passado, um presente, um futuro, emaranhados de sonhos, sofrimentos, angústias, alegrias, paz, calma, inteligência, cultura. O fato de cada um ser único me encanta e me dá vontade de conhecer a todos. Se um dia isso for possível todos serão completos. Porque, ao meu ver, o que me falta, tá em alguém. Alguém distante, alguém perto, alguém embaixo do seu nariz.
O mais engraçado é o quanto esse discurso a favor do "próximo" é antigo. Mas eu sinto (diga-se de passagem na pele) que ninguém dá a mínima. Claro que ninguém é generalização. Sempre tem quem nade contra a corrente. E é por causa destes "do contra" que se vale a pena se manter na tolice citada lá no título. Se bem que, entre nós que acreditamos e valorizamos o próximo, não há tolice. Há, na verdade, um sentimento de fraternidade, de "tenho com quem contar nessa..." Mas somos poucos... E a batálha é árdua...
Mas é claro, é muito fácil sentar na frente do meu monitor e digitar tudo isso. Mas o que eu tenho feito para o próximo? E você? O que tem feito? E o mundo? O que tem feito.
Temas globais e de suma importância esquecidos por motivos adversos. Daí vem aquela exemplificação da casa, que, sem bases, desaba. É isso que tem acontecido, tudo vem desabando!
Protejam suas cabeças.

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